A celebração do Natal Cristão em 25 de dezembro surgiu por paralelo com as solenidades do Deus Mitra, cujo nascimento era comemorado no Solstício (de inverno no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul). No calendário romano este solstício acontecia erroneamente no dia 25, em vez de 21 ou 22.
Acontece que a Igreja Católica em contraposição ao culto prestado a Mitra, adotou o mesmo dia para qual seria realizado a comemoração ao nascimento de Jesus Cristo. Era costume da Igreja Católica pegar elementos pagãos para santificá-los, sem que, com isso, tornar-se defeituosa a fé cristã, ou seja, não alterava a essência de suas crenças. Isso tudo para trazer conversões. Diz Cardeal John Henry Newman em referência a outras adoções: “O emprego de templos, e estes dedicados a certos santos, e enfeitados em ocasiões com ramos de árvores; incenso, lâmpadas e velas; ofertas votivas ao restabelecer-se de doenças; água benta; asilos; dias santos e estações, uso de calendários, procissões, bênçãos dos campos, vestimentas sacerdotais, a tonsura, a aliança nos casamentos, o virar-se para o Oriente, imagens numa data ulterior, talvez o cantochão e o Kyrie Eleison [o canto “Senhor, Tende Piedade”], são todos de origem pagã e santificados pela sua adoção na Igreja.” (Ensaio sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã)
Os romanos comemoravam na madrugada de 24 de dezembro o "Nascimento do Invicto" como alusão do alvorecer de um novo sol, com o nascimento do Menino Mitra.
Muitos entendem que o cristianismo plagiou o Mitraísmo aderindo às comemorações no dia 25 de dezembro.
Esta foi a razão que levou algumas vertentes do cristianismo,como por exemplo as Testemunhas de Jeová, a não participarem de festividades natalinas.
Referências
- Arthur Berriedale Keith, Indian Mythology, Capítulo I, The Gods of Sky and Air, 23
- Heródoto, Histórias, Livro I, Clio, 131
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