EUA bloqueiam ação do Conselho da ONU sobre conflito em Gaza
NAÇÕES UNIDAS, 21 Nov (Reuters) - Os Estados Unidos bloquearam na terça-feira uma declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando o conflito entre Israel e os palestinos na Faixa de Gaza, preparando o terreno para um possível atrito entre os governos norte-americano e russo sobre a questão.
Os EUA opuseram-se à declaração --que deveria ser aprovada por consenso-- porque "falhava em abordar a origem", os ataques com mísseis do Hamas, da escalada de violência no combate entre Israel e militantes do Hamas em Gaza, afirmou a porta-voz da missão diplomática norte-americana na ONU, Erin Pelton.
Israel afirmou que foram estes ataques com foguetes do Hamas que provocaram sua maior ofensiva contra os militantes em Gaza, na quarta-feira.
"Nós deixamos claro que iríamos medir qualquer ação do Conselho de Segurança baseados em se apoiaria uma diplomacia continuada em direção à redução da violência e a um resultado duradouro que encerre os ataques de foguetes em cidades israelenses", afirmou Pelton.
"Ao falhar em pedir pela interrupção imediata e permanente do lançamento de foguetes de Gaza a Israel, a declaração à imprensa falhou em contribuir construtivamente para esses objetivos", disse a representante. "Portanto, nós não pudemos concordar com esta declaração".
A Rússia disse na segunda-feira que, se os 15 membros do Conselho de Segurança não concordassem com uma declaração, iria proporia uma resolução --uma posição mais forte do Conselho do que uma declaração-- para pedir o fim da violência e demonstrar apoio aos esforços regionais e internacionais para mediar um acordo de paz.
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, disse, no entanto, na terça que a decisão de apresentar uma resolução havia sido postergada em meio às negociações de trégua entre Israel e militantes do Hamas. Porém, se o acordo não for alcançado ele ainda poderia colocá-la em votação.
O Conselho de Segurança geralmente enfrenta impasses no conflito israelo-palestino, que diplomatas dizem que se deve à determinação dos EUA em proteger o aliado Israel.
(Reportagem de Michelle Nichols)
FONTE: REUTERS BRASIL
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